Uma Maria Bonita em SP: Artigos
O que acontece quando uma pernambucana porreta passa uns tempos na terra da garoa? Muitos perrengues, claro! Confira na nova série do VT.
Minha primeira entrevista de emprego em São Paulo…
Recrutadora: Cíntia, essa aqui é a Lina, ela irá nos acompanhar na entrevista.
Eu: Oi Alina, tudo bom?
Recrutadora: Não, não! O nome dela não é Alina não, é Lina mesmo.
São Paulo e seus artigos. Em minha terra, nós não vamos "para a casa da Mari". Nós vamos "pra casa de Mari".
O período em que morei em São Paulo me proporcionou um aprendizado enorme. Tanto que uma boa parte do que comento aqui no blog é fruto dessa experiência.
Eu queria falar um pouco mais sobre a minha fase de adaptação, só que de um jeito leve e descontraído. Foi aí que me lembrei de como eram engraçados os “desencontros” causados pelas diferenças de sotaque entre uma pernambucana “porreta” e os habitantes de uma cidade mais que cosmopolita.
Quero deixar claro que a minha intenção aqui não é de zombar ou, como se diz na minha terra, “mangar” do jeito de falar do paulista (e sim, o paulista também tem sotaque, embora teime em dizer que não), mas sim de prosear um bocadinho sobre os diferentes regionalismos existentes nesse país continental que é o Brasil.
Escolhi Maria Bonita por vários motivos. Por estarmos no ano de seu centenário, pelo que ela representa para as mulheres (inclusive nasceu em nosso dia internacional) e por ser ela uma nordestina valente que “deixou o conforto do lar para entrar em um mundo até então dominado por homens” [o Cangaço]. Não que este seja exatamente o meu caso, mas foi imbuída do mesmo espírito que tive a ousadia de deixar o ninho para desbravar, primeiramente, as terras frias do norte e, em seguida, uma das maiores metrópoles do mundo.
Então, se você assiste à novela Cordel Encantado e se diverte com as expressões utilizadas pelos personagens da trama (por sinal, em Pernambuco temos uma banda chamada Cordel do Fogo Encantado), acredito que também os textos da série “Uma Maria Bonita em SP” provocarão boas risadas.
E caso você também tenha algum “causo” para contar, fique à vontade, quanto mais melhor.
Créditos da imagem: Montagem por Cíntia Reinaux. Ilustração do MASP por Henrique Erzinger. Não consegui encontrar quem fez a Maria Bonita.
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