Mitos e Verdades: Experiência internacional
Muitos candidatos a trainee se queixam de que apenas aqueles que possuem experiência internacional são aprovados nos programas. Mito ou verdade?
Uma das queixas mais comuns entre os candidatos a trainee é a de que apenas aqueles que possuem experiência internacional são aprovados nos programas.
Mito ou verdade?
Realmente não há dúvidas de que experiências no exterior são vistas como diferenciais nos processos, mas não será a falta dessas experiências que o fará não ser aprovado em um Programa de Trainee, e sim outras questões. Como prova disso, já conheci trainees de grandes e concorridas empresas que nunca viajaram para o exterior, embora sejam sim parte de uma minoria.
Ainda assim eu entendo como é frustrante participar de uma dinâmica onde você é o único que nunca viajou para um outro país. Da primeira vez em que participei de processos seletivos para trainee, em 2007, foi um grande choque para mim. Eu havia passado para a etapa presencial de um processo do qual a empresa pagou a minha passagem para SP. Fazia já bem uns 15 anos desde a última vez que eu viajara de avião e eu nunca havia sequer colocado os pés em São Paulo (acho que essa é uma boa hora para comentar que sou pernambucana com muito orgulho). Apesar dessas questões, não pensei duas vezes: arrumei minhas malas e parti rumo ao sonho de me tornar trainee…
Eu me senti como um peixe fora d’água na dinâmica. Eu era a única nordestina, a única que nunca havia viajado para o exterior (não tinha sequer passaporte) e, aparentemente, a única que não falava alemão ou algum outro idioma além do inglês e de um espanhol básico. Isso abalou a minha já frágil confiança. A partir daí, as coisas desandaram e eu vi esse sonho escapar por entre meus dedos.
De lá para cá, tive a oportunidade não apenas de viajar, mas também de trabalhar no exterior, e na minha área de atuação ainda por cima! Hoje eu percebo que não é a viagem em si que faz a diferença, e sim o que se aprende com ela. Sabe aquela frase que diz que a jornada é mais importante que o destino? Realmente a experiência de vida é mesmo o que conta.
Assim, existem várias outras vivências de impacto tão significativo quanto uma viagem internacional, como mudar do interior para estudar na capital, morar em república, participar de ONGs e organizações estudantis etc. Cabe a você mostrar como essas experiências agregaram valor e o quanto contribuíram para a sua formação pessoal e profissional.
Espero ter ajudado a esclarecer que a necessidade de viajar para o exterior trata-se de um mito.
Não deixem de enviar sugestões de outros “mitos e verdades” dos processos seletivos!