Escolha de forma consciente!
Hoje o Brasil foi às urnas para escolher seus representantes. E na sua carreira, você tem escolhido as empresas ou atirado em todas as direções?
Hoje o Brasil foi às urnas para escolher os seus representantes. Gostaria então de aproveitar a temática das eleições para falar um pouco sobre a importância de escolher também a empresa onde você irá trabalhar.
Enquanto a escolha do presidente tem um impacto direto no “futuro da nação”, a opção por determinada empresa afeta de modo significativo o futuro de sua carreira e a sua realização profissional. Seguem então algumas dicas para não fazer feio no momento das eleiçõ… digo, inscrições.
1. Não siga a opinião dos outros. Não escolha uma empresa porque é a que todos querem. Somente você sabe o que é melhor para você. Exerça a sua “cidadania profissional” e faça a sua lição de casa, pesquisando tal qual você faria com um candidato: A empresa tem “ficha limpa”? Os seus princípios e valores combinam com você? Você acredita na empresa? Teria orgulho de trabalhar nela?
2. Procure definir segmentos em que você gostaria de atuar (ex: indústrias de bens de consumo, serviços e tecnologia) e aqueles onde você não possui interesse (ex: empresas de auditoria, instituições financeiras, redes varejistas e indústria do cigarro).
3. Uma outra forma de categorizar as empresas é pela sua nacionalidade. Você gostaria de sentir aquele orgulho de trabalhar em uma empresa brasileira? Ou prefere trabalhar em uma multinacional estrangeira? É importante notar que muitas empresas brasileiras já se tornaram multinacionais.
As empresas de origem européia possuem a tendência de trabalhar de um jeito um pouco mais tradicional, mas ao mesmo tempo mais humano (tendem a ser menos agressivas). Já as empresas americanas costumam ser mais casuais, flexíveis e inovadoras, mas com um ritmo de trabalho ainda mais intenso – e, por vezes, agressivo.
Não que todas as empresas sigam necessariamente esse padrão. Faço esses comentários para mostrar apenas algumas linhas de raciocínio que podem ajudar na tomada da decisão de quais empresas são ideais para o seu perfil.
4. Permita-se mudar de ideia. Ao longo dos processos, você poderá se surpreender com certas empresas e se decepcionar com outras. Às vezes, aquela “empresa dos sonhos” não se mostra como você esperava durante as dinâmicas e outras etapas presenciais, enquanto algumas em que você quase não tinha expectativa demonstram ser muito mais do que você imaginava. Enquanto você não toma a sua decisão final, leia e pesquise bastante no site da empresa, em revistas especializadas, jornais e onde mais conseguir encontrar informações sobre a companhia, o segmento e seus concorrentes.
5. Por fim, sei que é difícil considerar “fazer uma escolha” quando se está desempregado. É natural nessa situação atirar em várias direções e torcer para que alguma empresa o aceite.
Comigo foi mais fácil: Como eu sou do Nordeste, era praticamente certo que, para qualquer processo em que eu fosse aprovada, seria necessário me mudar para São Paulo ou outro local. Por conta de meu apego à minha família e amigos, sempre me fazia a mesma pergunta: “Essa empresa vale o sacrifício de me mudar e ficar longe de todos que amo?”
No final, a empresa que eu escolhi era tão certa para mim que eu topei vir para São Paulo trabalhar nela mesmo sem ser com o cargo de Trainee. E estou muito contente com a minha decisão.
Melhor ser uma não-trainee na empresa pela qual você é apaixonado do que ser trainee em uma com a qual você não se identifica.
Desejo então uma eleição e uma escolha conscientes para todos vocês!