Hoje a seleção feminina de futebol amargou uma derrota doída contra o time dos Estados Unidos. As meninas do Brasil chegaram a sentir o gostinho da vitória, mas, a dois minutos do término da prorrogação, as nossas adversárias empataram o jogo e levaram a decisão dessa quarta-de-final da Copa da Alemanha para os pênaltis.
Torci muito pela equipe brasileira, mas não há como não admirar a determinação e o controle psicológico das norte-americanas. Essas espantosas mulheres ganhavam o jogo quando uma falta dentro da área fez com que de uma só vez perdessem uma de suas jogadoras – expulsa – e sofressem o gol que levou o jogo a ser prorrogado.
Mesmo com uma zagueira a menos, elas seguiram bravamente defendendo as investidas verde-amarelas e não deixaram nem por um momento de lutar para desempatar o jogo. Até aí, você pode pensar, “não fizeram mais que a sua obrigação”. Mas então veio a prorrogação, que começou de cara com um gol do Brasil.
Era de se esperar que esse grupo que jogava com uma atleta a menos demonstrasse cansaço, desânimo, ou mesmo aquela aflição que beira o desespero, e no entanto elas seguiram com a mesma garra que vinham demonstrando durante toda a partida, sem jamais fraquejar ou dar quaisquer sinais de dúvidas de que conseguiriam reverter aquela situação.
Tamanha dedicação deu resultado, nessa que provavelmente será uma das conquistas mais marcantes em suas vidas. Dificilmente algum outro país será páreo para essas garotas, que reúnem como poucos perseverança, confiança em seu potencial e equilíbrio emocional.
Considero que tais características fazem a diferença também no mundo corporativo. E não só em nosso dia a dia nas empresas, mas também nos processos seletivos para programas de trainee. Já comentei em um outro post aqui no blog que a partida só acaba quando termina, e hoje isso se mostrou ainda mais verdadeiro.
Em todos os momentos decisivos de nossa vida, convém não se sentir confiante demais, como se o jogo já estivesse ganho. Nem tão pouco devemos agir como se tudo estivesse perdido. O importante é acreditar que é possível até o último segundo.