Começando de novo
Quando temos clareza do que realmente importa, recomeçamos quantas vezes for necessário, mas com um detalhe: agora não estamos mais na "estaca zero".
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Esse tem sido um ano bastante intenso para mim. De janeiro pra cá, trabalhei como voluntária no Evangelismo de Carnaval e Acampamento da Juventude da igreja, comecei a correr todos os dias, estou aprendendo a tocar teclado e voltei a produzir conteúdos (quase) diários no Vida de Trainee, isso para citar algumas atividades. Ufa! 😅
É claro que, com tantas coisas, alguns pratos inevitavelmente começam a cair. Simplesmente não tem como dar conta de tudo. E você começa a sentir na saúde — e nos relacionamentos — os efeitos de ter assumido tantos compromissos.
Eu diria que, mais 1 ou 2 meses nesse ritmo e eu certamente teria um burnout. E como faz diferença a gente se conhecer bem! Ainda no início de março, percebi que tinha ido além da conta e ajustei como pude, dando um passo para trás para definir o que era essencial/prioritário, o que podia esperar e especialmente o que eu teria de abrir mão/deixar totalmente de fazer.
A estratégia deu certo, em parte. Todas as responsabilidades estão sendo cumpridas, mas a um alto preço. Descontei todo o estresse na comida e não tive tempo para as minhas corridas/caminhadas, o que por sua vez acabou com a qualidade do meu sono, gerando ainda mais cansaço e esgotamento, em um ciclo cada vez mais difícil de ser quebrado.
E aí veio a constatação: Depois que esse turbilhão passar, terei de começar de novo. Toda a minha evolução no autocuidado em 2023 se desfez, e os velhos (e péssimos) hábitos, de tão bem acomodados, mais parecem nunca terem ido embora em primeiro lugar.
Sim, eu sei: eu me cobro demais. E isso é algo tão particular de nós, mulheres, não é mesmo? Como desliga? rs
Isso tudo para dizer que, quando você tem clareza do que realmente importa, recomeça quantas vezes for necessário. Seja uma corrida/dieta, uma newsletter errática, o aprendizado de um novo idioma ou a busca por uma oportunidade que combine com você.
Há, no entanto, um ponto chave: você nunca recomeça da “estaca zero”. Todo o aprendizado com as tentativas que deram errado te fazem pular algumas casas ou, no mínimo, avançar mais rápido. Mas, para que isso aconteça, é preciso refletir sempre. Procure fazer isso ao menos uma vez por mês. Assim você não repete os mesmos erros e, na pior das hipóteses, falha de um jeito diferente.
Como diria Thomas Edison (ainda que não seja exatamente uma pessoa legal):
Eu não falhei. Apenas identifiquei 10.000 maneiras que não dão certo.
Que você descubra aquilo pelo que vale a pena lutar e persistir na sua vida até que dê certo.