Plataformas digitais brasileiras não atendem padrões mínimos de trabalho justo
Na era da uberização ou precarização do trabalho, aplicativos da economia compartilhada falham em fornecer o básico para os seus trabalhadores.
A notícia
No íntimo, já sabíamos, mas a pesquisa realizada pela Fairwork comprovou que, no Brasil, plataformas digitais como Uber, 99, iFood, Rappi e Get Ninjas não atendem sequer ao básico, descumprindo o mínimo necessário para um trabalho justo e decente.
O estudo foi realizado em 27 países e, em um máximo de 10, nossa maior nota foi 2, pontuação obtida pelo iFood e pela 99 respectivamente. A avaliação foi baseada em cinco critérios: remuneração, condições de trabalho, contratos, gestão e representação justos.
O iFood pontuou em contratos justos, por exibir um termo acessível e ilustrado, e por ter criado o Fórum de Entregadores, canal de comunicação que aponta para uma representação justa. Já a 99 é a única que garante o salário mínimo.
Vale notar, ainda, que o apuramento não se restringiu apenas a aplicativos de carona e delivery, mas também incluiu serviços diversos (montagem de móveis, pedreiro), com a solução oferecida pela Get Ninjas.
O que isso tem a ver com trainee
A Movile, dona da marca iFood, tem um programa de trainee desde 2017. Saber da condição precária dos entregadores é algo que te desmotiva a se candidatar como trainee ou te faz ter vontade de entrar e "consertar" esse problema?
Como posso aplicar esse conhecimento
O iFood já tem respostas para 2 dos 5 princípios de trabalho justo analisados.
O que ela pode fazer para atender os 3 restantes e como ela pode melhorar ainda mais os 2 que foram cumpridos?
Lá fora, o que essas mesmas empresas têm feito que ainda não é empregado no Brasil? E aqui dentro, quais são as melhores práticas?
O mesmo que a 99 fez para assegurar o salário mínimo poderia ser implantado no iFood? Que adaptações seriam necessárias?
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