Abrace suas limitações
Neste TED Talk inspirador com o artista Phil Hansen, aprenda como abraçar suas limitações aciona a sua criatividade.
Phil Hansen é um artista americano que, ainda no início da carreira, recebeu a notícia de que o tremor que tinha nas mãos devido a exercícios repetitivos era incurável e o acompanharia pelo resto de seus dias.
Imagina só o que não passa na cabeça de um jovem quando vê todos os seus sonhos se desfazerem antes mesmo de terminar a faculdade?
Por sorte, Phil tinha um médico sábio o suficiente para lhe dar aquele tipo de conselho que muda o curso de uma vida:
“Why don’t you just embrace the shake?” (Por que você não “abraça” o tremor de uma vez?)
E o que Phil foi capaz de fazer quando abandonou o pontilhismo — técnica que dominava — para em seu lugar fazer “tudo que a sua limitação permitisse” não é algo que possa ser descrito em palavras, precisa ser visto (logo mais no final do post).
Aí se encontra uma valiosa lição: “abraçar suas limitações aciona a sua criatividade”.
Parece até um paradoxo, mas é isso mesmo que ocorre. Inclusive, acredita-se que é a falta de recursos e estrutura que faz com que nós, brasileiros, sejamos tão criativos. É no aperto do orçamento que nascem as alternativas inusitadas.
E o artista americano foi ainda mais longe nesse raciocínio, chegando a uma conclusão surpreendente:
“Pense dentro da caixa”
A justificativa é ainda mais enigmática, mas libertadora quando a compreendemos:
“We need to first be limited in order to become limitLESS”
(Precisamos primeiro ser limitados para que possamos nos tornar ilimitados)
Por sinal, “limitless” (sem limites) foi uma das palavras mais repetidas no filme Jobs, a que assisti recentemente e pretendo comentar em breve. Mas eu divago.
Voltando ao temor, digo, tremor, ou melhor, de volta às limitações do nosso talentoso herói…
Ele tinha dúvidas e receios como qualquer um de nós, e chegou a desistir por um tempo, mas a sua paixão pela arte era tão grande que ele não conseguia ficar longe dela.
E foi exatamente isso que fez com que ele persistisse até encontrar um meio, o que novamente me lembrou do filme sobre Steve Jobs:
“O que quer que você escolha fazer tem que ser algo pelo qual seja apaixonado, pois caso contrário você não terá a perseverança para ir até o fim”.
O que mais me tocou na apresentação de Phil foi quando ele falou das técnicas que o ensinaram a praticar o desapego a resultados, falhas e imperfeições. E foi essa visão de que “tudo o que importa é o que virá a seguir” que o tornou livre para ser criativo.
Bem, fico por aqui, mas deixo-os na companhia de Phil e sua inspiradora história em mais uma das famosas palestras do TED.